23 de mai. de 2013

VÍRUS DA LEUCEMIA FELINA – FeLV


    
    O vírus da leucemia felina (FeLV) pode infectar tanto os gatos domésticos como outros felinos selvagens. 
    O reservatório do vírus é o gato assintomático. O felino pode excretar o vírus durante meses antes de adoecer ou vir a sucumbir. É considerado uma das causas de morte por doença infecciosa mais comum em gatos. Como a doença poderá ocasionar uma imunossupressão, o animal ficará suscetível a outras doenças.
    A transmissão ocorre pela saliva, secreções oculares/nasais, urina, fômites (comedouros e bebedouros comunitários) e via transplacentária. A concentração viral é mais alta na saliva do que no plasma, logo a transmissão ocorre principalmente com o contato com esse fluido (mordidas, lambeduras, alimentos contaminados, vasilhas de água compartilhadas, etc). O vírus não sobrevive por muito tempo no ambiente, sendo possível eliminá-lo com o uso de desinfetantes.
    Os sinais clínicos incluem: mucosa pálida, dispnéia (alteração respiratória), letargia, anorexia (perda de apetite), emagrecimento progressivo, febre, gengivite/estomatite, uveíte, diarréia, abscessos. 
    As principais queixas dos proprietários referem-se a sintomas inespecíficos como anorexia, emagrecimento progressivo, depressão, etc. Durante exame físico pode se perceber aumento de tamanho em baço e fígado. Em animais com FeLV, também é possível encontrar linfomas (principal neoplasia causada pelo FeLV), leucemias linfóides e mielóides e fibrossarcoma. A imunossupressão é a mais preocupante manifestação da viremia.
    O diagnóstico é baseado nos achados epidemiológicos, sinais clínicos e exames subsidiários. Um dos principais achados clínico-laboratoriais é a anemia. Diferentes exames de diagnóstico direto e indireto estão disponíveis para a FeLV em felinos. Dentre estes os testes de ELISA, imunofluorescência, reação em cadeia pela polimerase e isolamento viral são os mais fidedignos.  
  O tratamento é sintomático. Como formas de prevenir a infecção podemos citar a imunização dos susceptíveis com vacina (Quintupla felina) e o teste para infecção do FeLV com conseqüente separação dos gatos positivos dos sadios.

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